domingo, 11 de março de 2012

Hasta la vista, Baby!!

Camila Takamune

Desculpa o atraso,  mas aqui segue o fim da minha jornada ;D

Meus últimos 10 dias na Colômbia foram bem agitados. Fomos viajar para Cartagena de las Índias no dia 11 de fevereiro, foram Magui e Merce (argentinas), Sofi (peruana), Dudu (gaúcho) e eu, ficamos na casa da Kelly, que já construiu com a fundação. Na primeira noite saímos para um bar encontrar com os trainees de lá, mas o Eduardo não conseguiu entrar porque estava de bermuda, e a casa ficava muito longe para ir trocar, então fomos explorar a cidade. Ficamos em um lugar que tocava bastante salsa, e, como os bogotanos dizem, as pessoas da costa falam muito rápido e dançam muito pegado.

No dia seguinte fomos à praia, andamos de banana, fomos em mais pessoas do que suportava, assim caímos muitas vezes até irritar os donos e acabamos voltando no barco mesmo. De noite fomos andar de Chiva, uma espécie de ônibus que anda pela cidade passando por pontos turísticos, dentro têm um grupo de música típica, bebida (Rum e Coca) e um guia/animador. Foi bem divertido, paramos na cidade antiga e comemos coisas costenhas,  como arepas com ovo e empanadas, o ponto final foi um bar onde dançamos bastante. 
No outro dia acordamos cedo para ir às Islas de Rosário, que ficam fora da Costa de Cartagena, fomos em uma lancha chamada Camila Princess *-* São as praias mais lindas que vi na vida, água totalmente cristalina com recifes de corais, o Caribe realmente é maravilhoso. Muito Sol e brisa do mar! Paramos para mergulhar por uma hora, os corais eram enormes, me senti numa mistura de Barbie fundo do mar e Harry Potter e o Cálice de Fogo, pena que estava sem máquina lá. Depois ficamos o resto da tarde na Playa Blanca, en Baru. Almoçamos peixe com arroz com coco (me espantou que a Magui nunca tinha comido peixe na vida!). Voltamos para a cidade e fomos andar para conhecer o resto dos monumentos, fomos na cidade antiga, no centro, em várias praças, e no Castelo de São Felipe. Mortos, voltamos para a casa e fizemos a janta como forma de agradecimento. Realmente acredito que Cartagena é uma das, se não a mais, cidades mais bonitas que já vi na vida, mistura a parte histórica com suas muralhas e castelos com a beleza de suas praias e as construções modernas e turísticas.


Decidimos alterar o roteiro da viagem, e passar por Barranquilla, já que estávamos tão perto, por isso saímos bem cedinho e pegamos um ônibus que não parava no terminal, então descemos em um ponto X, e começamos a ligar para todas as pessoas que conhecíamos de lá para conseguir abrigo (eu nunca tinha ficado assim tão ao léu). Acabamos na casa da Roxy, que estuda em Bogotá mas é da AIESEC La Sabana. Fomos ao Museo del Caribe, almoçamos em um shopping e depois fomos em uma feirinha, a melhor de todas que eu fui, compramos vários presentes. Depois, Juanpo VP da @JA nos levou em um tour pela “parte bonita de Barranquilla”. As pessoas de lá que conhecemos disseram que não há muito o que fazer na cidade, tirando o carnaval, que é reconhecido mundialmente como muito bom, me arrependo até hoje de não termos ficado lá para ver. 
OBS: A Shakira não tem uma casa lá J mas tem uma estátua!


De manhã fomos a Santa Marta mas tiveram vários atrasos, então decidimos ficar o dia na cidade e ir para o Tayrona no dia seguinte. Ficamos na casa dos pais de um VP @Buenos Aieres, fomos fazer compras, fomos até a praia e ao centro. Voltamos e fizemos a janta, comida peruana com sobremesa brasileira.  Logo cedo pegamos um táxi que nos levou ao Mercado, onde pegamos um ônibus para o Parque Tayrona, fica a uns 40 minutos da cidade. Chegando lá compramos as entradas e depois pegamos um ônibus até o estacionamento, poupando 6km de caminhada. Aí então começamos a caminhar em direção a Playa del Cabo, passamos por paisagens lindas, pulando rochas, entre as árvores e praias.

Demoramos aproximadamente 2 horas e meia, o peso das mochilas já era insuportável e estava muito quente. Alugamos barracas, almoçamos e fomos a praia. Estava bem cheia de turistas, vimos muitos argentinos e alemães. Encontramos também os trainees de Barranquilla, e com eles ficamos de noite bebendo e conversando. Lá também têm muitos brasileiros. No último dia acordamos, ficamos na praia de manhã, almoçamos, arrumamos tudo e fizemos o caminho de volta, dessa vez alugamos um cavalo para levar as coisas da metade do caminho em diante, muito mais facil. Voltamos a Santa Marta e logo fomos ao aeroporto. O voo atrasou um pouco e chegamos de madrugada em Bogotá.

No dia 18 de manhã fomos construir em um sítio da dona da Fundação em Cajicá, era uma casa diferente do padrão, era de 49 m² para o caseiro, foi incomum também porque não foi para uma família de extrema necessidade e não teve toda aquela interação com a comunidade e tal. Já estava com metade construída, estávamos todos muito cansados e tinham poucas pessoas. Almoçamos na cidade e fomos embora. A noite foi a nossa festa de despedida, na 85. O esquenta foi em um bar e depois fomos para outro, dançar. Fiquei muito feliz porque revi a irmã do Manuel, meus primeiros hosts, e não a havia visto desde que sai de sua casa, também porque foi a primeira vez que as minhas hosts saíram comigo. O problema foi que estávamos todos tão mortos que acabamos indo embora super cedo.


No domingo fomos na casa do Dudu, almoçamos e depois ficamos fazendo nada, juntos J. Na segunda fui ao Jardim Botânico e depois ao Shopping. De noite fomos na casa da Sofi, ela fez as malas, bebemos Absolut (A Smirnoff é tão cara que não vale a pena) que compramos pra viagem e não tomamos e Fernet argentino com Coca (lá eles adoram, mas eu não gostei), gravamos vídeos para as AIESECs, tiramos fotos e trocamos presentes! Terça de manhã fui na Fundação me despedir, de tarde fui ao Centro terminar de comprar presentes e não conseguir ir ao aeroporto me despedir do Dudu e da Sofi. 


Na quarta dia 22 tudo já estava pronto, ao meio dia fui ao aeroporto, fiz check in e encontrei com o David, a Magui e a Merce. Comemos e nos despedimos, chorei muito e fui chorando até entrar no avião. É muito triste falar adeus para pessoas que provavelmente não vou ver de novo, só me lembro de uma outra vez na vida que isso aconteceu. Durante o voo quando finalmente caiu a ficha de estar voltando, foi uma mistura de tristeza “vou sentir saudade de tudo” com nervosismo “não acredito que vou ver minha familia, namorado e amigos”. O voo foi longo, visto que não consegui dormir. Cheguei em Guarulhos e liguei para os meus pais e encontrei com eles e minha irmã e fomos para casa.



 
Toda essa experiência foi maravilhosa, meeesmo! Conhecer um novo país, nova cultura e principalmente novas pessoas. Ver o modo como vivem, como pensam... é tudo muito rico! Foi tudo tão intenso e eu sinto que realmente contribuiu para o meu crescimento pessoal e profissional. E já sinto muuuita saudade da minha vida de lá!