segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Chévere!


Camila Takamune

Estou trabalhando todos os dias, há vezes que não tem muito o que fazer, e os trainees ficam à toa, mas a gente também fez algumas coisas legais por lá. Teve uma festa de despedida de uma funcionária, com dinâmicas, comida e um grupo de música colombiana/mexicana; Fomos visitar duas comunidades carentes aqui perto de Bogotá, Altos de Cazucá e Altos de Florida, onde a Fundação Catalina Muñoz já está com projetos em andamento; Nas aulas de gastronomia, já foi a de comida peruana (muito boa), devido a grande altitude daqui, demora muito para cozinhar os alimentos; As aulas de português são sempre muito engraçadas. Ajudamos a organizar tudo para as viagens de construção, em Medellin e em Pereira.

“La recompenza de una buena acción es haberla hecho”
Os outros trainees e eu fomos para Pereira, a viagem de ida demorou cerca de 13 horas, já que o ônibus fretado quebrou e ficamos esperando mecânicos, polícia e tudo mais. No fim subimos em outros ônibus na estrada, que nos levaram até a rodoviária de Armênia, onde pegamos outro ônibus até Pereira. Ficamos em uma casa afastada do centro urbano, então não pudemos sair de noite para conhecer a cidade, mas foi bom para uma maior integração entre os funcionários e voluntários. A construção foi no dia 23 de fevereiro, fomos divididos em 3 quadrilhas de 7 pessoas, cada uma era responsável por construir uma casa. Por ser pré-fabricada, é como montar um grande quebra-cabeças com placas de concreto e perfis de aço. O trabalho é bem pesado. A família para quem construí a casa era constituída pelos pais, um filho e duas filhas, sendo que o menino sofre de alguma doença em que os músculos não se desenvolveram, então ele é completamente dependente dos outros. A construção durou o dia todo e, na hora da entrega da casa, é muito emocionante e gratificante. O contato com essa população desprivilegiada economicamente pode ter muito impacto pra gente.

Museo Botero
Como estamos na rotina do trabalho, tem dias que não fazemos nada, mas eventualmente a gente sai pra conhecer a cidade, como para Usaquen em uma feira de artesanatos e em restaurantes de comidas típicas internacionais, comemos comida argentina e peruana (aqui não existe rodízio, só na churrascaria brasileira); Para a 85, que é uma rua com muitos bares (a  maioria dos barzinhos têm lugar para dançar também), um lugar muito legal é o Andres, um restaurante/balada de 4 andares, muito decorado, com muitas atrações; Fomos ao Centro, no Museu de Botero, um artista bem conhecido aqui, mas também continham obras de outros artistas famosos, como Picasso e na  Casa da Moeda. Alguns membros do CL nos ensinaram a jogar Tejo, um esporte das civilizações pré-colombianas que é muito popular, joga-se em quadras específicas que têm um alvo de argila, e no centro setas com pólvora, o objetivo é acertá-lo de uma certa distância e conforme o lugar atingido, a pontuação é maior ou menor.
Brasileiros em Bogotá

A convivência com os outros trainees é cada vez maior, nos vemos pelo menos 4 vezes por semana, alguns eu vejo todos os dias. Já compramos as passagens para a viagem à Costa Caribenha, eu e mais 5 intercambistas vamos para Cartagena e Santa Marta nos dias 11 a 17 de fevereiro. Por haver muitos brasileiros aqui, também estamos conversando muito em português, mas mesmo sendo do mesmo país, cada um é de uma região, Porto Alegre, Joinville, Rio de Janeiro, Vitória e São Paulo, assim, as diferenças culturais ainda são bem evidentes. No último dia do Matheus em Bogotá, o primeiro trainee a chegar, fizemos um Brazilian Day, com feijoada, caipirinha, brigadeiro, beijinho, bolo de cenoura e torta de banana, e as músicas brazileiras também.

Algumas curiosidades sobre Bogotá:
Aqui não há isenção das taxas de transporte para os idosos, e nem sempre as pessoas respeitam os lugares preferenciais. Os motoristas também não dão passagem para ambulâncias e polícias.
Não há estações do ano aqui, mas em um mesmo dia pode ter todas elas.
Quase todos os bares e baladas fecham obrigatoriamente as 3h da manhã, assim, as pessoas saem em torno das 8h30, e depois de fechar os bares, vão para a casa de alguém para continuar a noite.
Muitos homens parecem gays, e não são.. ou pelo menos não sabem.

Saudades do Brasil!!



terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Hello India!

Finalmente consegui um tempinho na internet aqui da casa.. ela está sempre dando problema e temos uns 16 intercambistas por aqui... a casa é enorme!!!! Tem 3 andares e um "porão com mais uns 4 quartos! Ainda estou no quarto do porão porque os de cima ainda estão ocupados, mas daqui 2 semanas, pelo menos, 3 vagas serão liberadas. As refeições da casa são muito boas e eu sempre peço 'not spicy' e é o único lugar q realmente vem sem pimenta! Aqui o que não tem pimenta pra eles é muuuuuito apimentado pra mim! = (

A minha primeira impressão da India foi muito estranha.. andei de 'rikshaw'.. o taxi daqui.. (Olhem a foto)
E o trânsito é doido mesmo... da cada frio na barriga! Mas até achei que os carros não estão tão batidos! Ninguêm usa papel higiênico, mas pelo menos vende no supermercado... o ar é muito poluido (quando eu chego em casa e lavo as mãos e o rosto.. a água sai cinza!) e tem lixo pra todo lado.. muita sujeira por aqui!

O meu trabalho é realmente o que eu esperava e a Ana, brasileira que também mora na casa, está trabalhando por lá! Ela foi meu anjo da guarda por aqui na India, jé me deu altas dicas e me explicou tudo do trabalho pois vou continuar o que ela faz. A ONG JKSMS está criando uma empresa social para os artesanatos do Rajastão e estamos ajudando no marketing criando a carta de arrecadação de fundos, banners, panfletos. Eles fazem várias conferências tbm e vou participar da organização de uma para garotas de programas... eles vão falar sobre outras alternativas e estudam os motivos que as levaram ir para esse lado. A ONG é muito antiga, vai fazer quase 30 anos! Posso trabalhar com outros ramos dela como os orfanatos de meninas e meninos, também.  Acho que assim que acabar a conferência vou ficar com as crianças um pouco! O trabalho é muito sujo, tem um ratinho q fica andando por lá!!! ;/


Esse final de semana fui para Varanasi com mais 9 pessoas aqui da casa.. foi muito legal. Viajamos 16 hrs de trem para chegar lá... depois conto no proximo post! Beijos! Camilla.

2nd Week



A semana começou com preparativos para um evento que iria acontecer na escola em que trabalho. Uma competição de fantasias iria acontecer e os alunos mais criativos ganhariam prêmios. No dia seguinte o evento aconteceu e foi um evento muito bacana pois os alunos participantes usaram a criatividade e fizeram fantasias muito bacanas, como Charles Chaplin, uma árvore, um gorila, Madre Teresa, entre outros personagens.

No mesmo dia fui até o Rio Ganges (Ganga) para ver se realmente é poluído, apesar de ter em mente que um dia irei tomar banho nele. O significado do rio é muito intenso e a religiosidade do país dá mais ênfase a importância do mesmo. A historia do rio é contada que tempos atrás a intensidade do rio era tanta, caindo da imensidão das montanhas dos Himalaias que Shiva (deus da destruição – destroi o velho para criar o novo e balancear as energias do mundo) se colocou em baixo da torrencial força do Ganges e diminuiu a força do mesmo, dando vida a braços contínuos do rio que se espraiam pelo país e que significam muito tanto para a agricultura local quanto para o misticismo envolvendo cidades como Veranasi. Por isso, toda vez que observar o deus Shiva, ele estará representado com um pote na cabeça, simbolizando esta diminuição na força do rio.
No local eu vi pequenas imagens de deuses que por sinal estão por todo o lugar, as pessoas não acreditam nas imagens em si, mas sim que as mesmas são uma conexão entre eles e os deuses, por isso a adoração e culto as imagens, seja para Krishna/Vishnu, Bhrama, Shiva, Kali, ou os outros milhares que existem.

Durante umas 2 semanas a escola entrou de férias e tivemos que realizar workshops com os alunos que gostariam de participar do mesmo. Tudo ocorreria muito bem na teoria, mas na prática vimos que foi apenas dançar, dançar e dançar.
O diretor da escola é muito influente e gosta muito dos intercambistas. Ele possui muitos contatos e nos convidou para irmos em um casamento, mas não era um simples casamento, era o casamento do filho de uma pessoa do governo do estado de West Bengal. O local era muito divergente da realidade das ruas e da maioria do povo de Kolkata, o que fez a visão de mundo da Índia ficar mais forte, ou seja, a divergência entre riqueza e pobreza extremas ficariam mais evidentes em meu ponto de vista. O casamento tinha uma média de 4000 convidados e os enfeites e comidas, além do entretenimento de dançarinos ao ritmo de musica indiana eram fora do comum. Tudo do bom e do melhor.
Esta semana foi a semana dos eventos e dos casamentos. No posterior ao casamento gigantesco, fui em um evento do colégio do meu chefe, onde era o encontro dos amigos dele da escola. Como sempre comida e bebida gratuitas não eram de se negar.
Um dia após o casamento muçulmano com grande glamour, fui a outro grande casamento, só que agora mais tradicional do estado, casamento Bengali. Os noivos estavam muito bonitos com toda a vestimenta tradicional indiana e todas as flores que enfeitavam o local. Uma fogueira estava acesa entre o casal e um homem que para a religião católica simbolizava um padre. O casal, após fazer seus votos em Sanscrito, deram 7 voltas ao entorno da fogo, numero perfeito, simbolizando sorte, harmonia e felicidade. Esses 2 casamentos foram uma maravilha. Comida em abundancia e pedir para ter problemas estomacais depois, devido a grande quantidade ingerida de comida.
 Noivos!

No domingo, eu e os intercambistas estávamos indo para um templo, e foi muito engraçado pois acabamos por descobrir que é possível caber 11 pessoas dentro de um táxi indiano. No caminho tivemos que para num beco qualquer porque o motorista estava com muito medo que a policia o pegasse. A exorbitante quantia da multa iria dar menos de R$ 7, mas como não fomos pegos continuamos ricos. No caminho para o templo estava tendo uma espécie de passeata com gurus (tipos de monges) que bloqueavam as ruas. Após ver a passeata, no caminho vi uma loja de pornô e fiquei assustado de ver filmes pornôs na Índia, mas é filme ocidental, o que não teve muita graça no final.
O templo era da deusa Kali, mulher de Shiva, simboliza morte e sensualidade e sua cor é a preta, além de ela ter uma língua em destaque. O templo estava repleto de indianos cultuadores da deusa e o povo Bengali em especial cultua muito esta deusa. Antes de entrar no templo tiramos os sapatos e fomos até um local com muita gente e sempre no empurra-empurra e já grudamos em uma fila para entrar no templo. Resumindo, foi muito tempo pra ver uma imagem e mais nada. Muito chato e além do mais fiquei uns 3 dias para limpar meus pés definitivamente. No almoço, como sempre, comi nas barraquinhas de rua, um arroz com uns molhos sem gostos, mas valeu muito pela fome e por ter comido com as mãos.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

El peligro es que te quieras quedar

Camila Takamune


O que posso dizer da Colômbia desde que cheguei  é que para mim, o tempo corre como se o dia tivesse 48 horas. Nessa primeira semana sinto como se já estivesse aqui por um muito  tempo.


Minha chegada no aeroporto foi como um teste para os membros do LC, já que estava prevista para as 5h00, horário de Bogotá, mesmo assim, foram 5 pessoas animadas, com cartazes, bexigas e fazendo barulho. Foram muito simpáticos. A primeira vez que fui conversar com eles, quis falar em inglês, mas eles me disseram que aqui, a maioria dos habitantes não fala em inglês, assim, fui forçada a desenvolver meu espanhol, o que foi bom. Apesar de parecido com o português, certos detalhes, palavras, são essenciais, mas com pouco tempo, nesse intensivo se aprende muito.

Bogotá é uma cidade bem grande, possui diversos centros comerciais. Por ser traçado em quadrículas, as ruas e, por consequência, as contruções,  são orientadas de acordo com a sua localização. O transporte público consiste em vários tipos de ônibus (bus, colectivo e buseta) que não têm pontos fixos, podem parar em qualquer  lugar e o Transmilênio, que é um sistema de ônibus que têm inspiração nos metrôs e abrange grande parte da cidade. Também existem muitos táxis, aqui são bem baratos comparado com a  maioria dos paísesl. Em geral, o trânsito aqui é bem agressivo, os motoristas dirigem aos trancos, buzinam para tudo e não há radares. Existem muitos policiais, mas na maioria das vezes são não portam armas, em geral são jovens, pois estão prestando serviço militar obrigatório após término do Ensino Médio. Aqui não é tão frio quanto eu imaginava, nos primeiros dias estava nublado e sempre chovia, mas depois começou a fazer Sol pela manhã, devido a altitude, tanto o frio quanto o calor são mais intensos, mas uma blusa mais fechada já serve.

Nessa semana fui em pubs, na Candelária e no Choro, que funcionam durante o dia; barzinhos na 85, sim os latinos dançam MUITO mais que os brasileiros!;  subi a Montanha Monserrate, muitas pessoas fazem isso, enquanto subia, exausta, vi desde pequenas crianças até idosos com muleta fazendo o mesmo trajeto; fui no Museo de Oro, é incrível a riqueza na história do país; conhecemos alguns pontos turísticos em outras cidades próximas, como a Catedral de Sal no Parque Zipaquirá, que se localiza em uma antiga mina e possui diversas esculturas em rochas de extração de sal e futuramente uma área para esmeraldas, já que a Colombia é a maior exportadora da pedra, e La Cabaña, uma conveniência de uma grande indústria de Leite, Alpina, na cidade de Sopo (os doces aqui não são tão doces quanto no Brasil).
Montanha Monserrate

A comida não é tão parecida com a brasileira como achei. Eles comem bastante batata (na maioria das vezes com casca), plátano (muito parecido com a banana), frango (que é diferente de galinha), muitas frituras. Existem muitos pratos típicos como ajiaco (um tipo de sopa com legumes), patacón (plátano amassado frito), chunchuyo (intestino -> horrível!!), morsilla (tripa recheada -> é ruim também), empanadas (parece pastel), buñuelos (um salgado de massa de queijo), chocolate quente com queijo (dentro), entre outros. Nas minhas duas famílias eles seguem dietas bem saudáveis, assim pude conhecer frutas diferentes também, como lulo e mangostino, esse último só existe em uma determinada região da Colombia, e dá duas vezes por ano. Em relação às bebidas, na maioria das vezes bebem cerveja, rum ou aguardente (é mais fraca que a pinga, com um gosto de anis, igual a que o Luis levou no Handover). Aqui a água encanada é potável, por isso é mais cara, mas as pessoas por aqui não tem costume de beber muita água.

Meus 4 primeiros dias fiquei em uma família, eles foram muito amorosos. A mão já morou alguns meses em São Paulo, o pai é de Bogotá, Manuel de 19 anos é membro da AIESEC e Natalia de 17 pretende entrar quando fizer 18. Em poucos dias, adquirimos muita intimidade. Foi um pouco difícil pra mim a mudança de host, a família da Viviana e da Karol, ambas da AIESEC, também é muito atenciosa. As duas são um pouco mais velhas, 23 e 25 respectivamente, já são formadas e trabalham em telemarketing, então não saem tanto, pois dormem cedo para acordar cedo, assim, não conversamos tanto assim.

A AIESEC Javeriana existe há 35 anos e possui 160 membros no LC, por isso são bem organizador e setorizados, não coheci todos os membros, mesmo porque aqui os estudantes estavam em um recesso, mas já estão em aulas novamente. Dos 12 trainees, 7 são brasileiros, 2 são peruanas, 2 argentinas e 1 boliviano. O ex LCP me disse que esse é o maior projeto que eles já fizeram, por isso se chama “Más Impacto”. Aqui em Bogotá existem mais algumas AIESECs, as outras maiores são de Andes e de Rosário, e eles também têm vários brasileiros.

"Se hay un problema que tienes solución
¿ Qué te preocupas?
Se hay un problema sin solución,
¿ Qué te preocupas?"
O meu trabalho é na Fundação Catalina Muñoz, que surgiu há 10 anos, do desdobramento do “Techo para mí país”. Atua na área de construção de casas pré-fabricadas, com blocos de concreto, assim como em melhoramentos em setores da casa, como banheiros, cozinhas e coleta de água, em comunidades carentes no país inteiro. Além de construir as casas, eles visam uma integração com a família, há projetos de profissionalização dos moradores também. A diferença entre o Teto de São Paulo é que aí as moradias são provisórias, de madeira e aqui elas tem vida de 30 anos. Dentre os funcionários existem arquitetos, psicólogas, administradores, publicitários e voluntários em diversos campos.

Eu não estou conseguindo conectar em casa, mas agora conecto na Fundação, então volto a dar notícias logo! :D

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Andando nas nuvens

Mariana Ribeiro
  
A primeira coisa que a gente conhece quando chega a lugar de avião é o céu. E o céu de São Petersburgo foi realmente algo que chamou minha atenção. Cheguei na cidade por volta das 17 horas, em pleno anoitecer. As nuvens ao redor do avião eram tão densas que pareciam sólidas, a sensação que me dava é que eu podia descer do avião e literalmente andar sobre as nuvens. 

Mercado na Nivisky
A última vez que eu vi o sol desde que cheguei aqui foi antes de perder altitude e conhecer essas nuvens. Isso poderia até ser uma coisa deprimente se não a fosse a beleza inexplicável da cidade. São Petersburgo é conhecida como a capital cultural da Rússia e não é de se estranhar, tudo em São Petersburgo é História e cultura: os prédios, as ruas, as pontes, pra todo lugar que você olha tem algo pra se admirar. 


Hermitage
Estou aqui há duas semanas e ainda não me acostumei a ponto de não ficar boba olhando para tudo ao meu redor. A Nivisky Propect é a principal avenida da cidade, fica bem no centro e quase tudo que fazemos acontece em torno dela. A primeira vez que andei por lá não sabia pra o que olhar e até hoje, toda vez encontro algo lindo que não tinha percebido antes, sejam os canais, a decoração ou os prédios, que são, provavelmente, o que eu mais gosto na cidade. Não se vêem prédios modernos no centro de São Petersburgo, são todos construções antigas maravilhosas, dá uma emoção olhar para aquilo tudo! 

Catedral da Ressureição
Essas duas semanas, além de uma viagem para Moscou no Ano Novo, foram de muita adaptação e de andanças pela cidade. Visitamos os principais pontos turísticos, as Catedrais da Ressurreição e a Kazanski, símbolos da cidade, a fortaleza de Pedro e Paulo, o Museu russo e é claro, o Hermitage, o lugar mais deslumbrante que eu já vi, tanto pelo prédio em si quanto pelo acervo sensacional do museu. É tudo muito impressionante, e nem é preciso ir a nenhum museu ou igreja, se você quiser apenas sentar e olhar um dois dos canais que cortam o centro ou algum parque coberto de neve já vai ser o suficiente para você ficar encantado! 



Abraços a todos no Brasil e logo mais escrevo sobre a minha adaptação na Rússia! :)


Mariana

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

NAMASTE KOLKATA

Ae cheguei em Kolkata!!! Dps de chegar fui recepcionado por um membro da AIESEC Kolkata e liguei para meus pais avisando que havia dado tudo certo na viagem. Esperamos mais uma intercambista que vinha da Nova Zelândia e Ankit (membro ICX) nos encaminhou a um ponto de taxi onde ele havia comprado as passagens para nos levar até a casa da Team Leadar Samta. A experiência começava quando dentro do “vintage car” (os táxis aki são carros antigos fabricados pela Índia e todos hipotecados por bancos indianos) tomamos rumo até a parte sul da cidade. Enfrentamos um transito caótico e muita poluição, sem contar com as buzinas para todos os lados, e deu pra se ter uma ideia da extensão da cidade já que para ir de um ponto a outro levamos umas 2 horas e meia.

Chegando na casa da Samta, deixamos as bagagens por la e a mãe dela foi muito bacana e atenciosa e nos ofereceu comida (ainda bem porque estava com muita fome!!). Comemos umas comidas indianas muito gostosas com um pão deles (Roti) tbm muito gostoso. Os molhos masala são muito exóticos e tem um sabor muito bom!! Comemos vegetais, pão e eles ficaram boquiabertos quando eu comecei a misturas tudo o que tinha para experimentar tudo...falavam que não era pra comer daquele jeito e eu dizia  que era pra experimentar diferentes formas e sabores.


Dps do almoço Jimmit (LCP) e Ajjay (VP ICX GCDP) chegaram lá pra se apresentar e falar um pouco do programa e da AIESEC daki. Esse pessoal é muito bacana e louco lol Quando eles foram embora eu aproveitei pra dormir um pouco e dps de comer um miojo na janta fui tomar um banho para tirar a sujeira acumulada da viagem, 2 dias sem tomar banho (que alívio dps dakela ducha). Após isso um intercambista de Gana chegou por lá e fui com ele até a trainee house, Não tinha ninguém pq o pessoal havia viajado e chegariam dps de algumas horas.

Qdo eles chegaram foi muito bacana pq eles são muito alegres e gente fina. Sem contar que os brazucas ficaram muito contentes em ver outro brasileiro. Conversamos e eles estavam contando da viagem deles que fizeram para ir ver o nascer do sol em uma cidade ao norte do estado onde se tem vista do Himalaia.

Ai dps de conversar e conhece-los, fui descansar. Esse foi um resumao da trajetória do primeiro dia aki em Kolkata. Os próximos meses irão ser  d+ !!!!!!!!!

Abraço e beijo a todos no Brasil!!!

Alavida!!!!

13/12: Meu segundo dia em Kolkata começou, sendo acordado logo de manhã com as buzinas dos carros frenéticos na rua e com os corvos que não paravam de fazer barulho, e também sem nada pra fazer. Conversei e conheci um pouco mais do Joseph, intercambista de Gana. Ele está cheio de problemas pessoais e a galera não gosta muito dele, pois ele deixa de fazer alguns compromissos que deveria do trabalho.


Ele é gente fina, humilde e boa gente. Eu não quero me meter nos problemas dele, mas minha impressão de convivência com ele é tranquila. Fomos atá a casa da Samta e no caminho ficamos um pouco perdidos, mas dps achamos haha A noticia era que hoje chegariam a Thais e Juliana (brasileiras), então eu e Rose acompanhamos a Samta para irmos ao New Market, um local de compras pq uma amiga da Samta queria comprar algo. Antes disso os planos eram encontar a Thais que havia ficado na casa do Jimmit. Foi muito bacana andar pela primeira vez de ônibus, que tocava freneticamente aquelas musicas indianas com ritmo engraçado. Dps descemos perto da estação e pegamos o metro (muito barato, Rs 4, ou esja, cerca de  R$ 0,14). Foi engraçado que eles te dão uma ficha de borracha e tem q colocar ela próxima da maquininha pra abrir uma porta que bloqueia a entrada. Quanddo eu aproximei a ficha pra abrir e eu estava entrando o treco fechou ai o guardinha veio e passou o cartão dele pra eu poder entar, ai deu certo. O metro parece uma lata de sardinhas. Muitas pessoas enclausuradas em um metro se esbarrando a todo instante. Encontramos a Thais e fomos até a amiga da Samta. Dps pegamos um taxi e foi uma loucura, pois o transito amedrontou as meninas que estavam com medo dos loucos da Índia dirigindo hahaha


Após chegarmos no New Market, eu peguei dinheiro no ATM já que estava sem nenhuma grana. Saimos pra andar num shopping e tinha um papai –noel magricelo e feio bem no primeiro andar. Demos muitas risadas com os manequins estranhos que tinham por lá. Sempre com muita gente nas ruas, e cachorro pra todo o lado, diferente da Indonesia que só tem gatos pra todos os lados.

Dps das meninas comprarem as coisas voltamos de ônibus para a casa do Jimmit encontrar a Juliana e pegar as malas das 2. Fomos pra casa da Samta e deixamos as coisas por lá. Após isso seguimos de otto para um Subway para comermos. Jantamos e fomos para um local onde tem uns narguiles.... Foi a primeira vez que experimentei um dakeles e foi d boa, e tinha um gosto não muito bom pra minha expectativa, mas ate q foi tranquilo. Enfim, conversamos bastante, passamos um bom tempo toda a galera e voltamos pra casa da Samta pra pegar umas coisas. Dps fui para a trainee house e a Rose, Juliana e Thais ficaram na casa da Samta para passar a noite.


Ah, aki esta no inverno e o tempo esta diferente do que eu esperava ser. Esperava uma India mto mais quente, mas Kolkata esta com um tempo bem gostoso e ate faz friozinho de manha e de madrugada. Além disso, escurece umas 17h por aki e a poluição deve resultar em um pulmão fudido no final.

Meu intercambio por aki esta sendo muito bom, pois estou conseguindo ver que o modo de vida dos indianos é muito diferente e bem maluco!!!

É td por hj!!! Valeu  aos novos amigos e espero que isso seja o começo de uma excelente experiência nossa na India!!!!!

14/12: Acordei hj sem saber o que iria fazer... O pessoal estava indo trabalhar e fui tomar banho. Dps fui pra casa da Samta e peguei as informações com a mae dela para poder chegar ate perto da casa do Jimmit. A viagem ate a estação de metro foi mucho loca pq peguei um otto até ela e estava esprimido no banco e quase saindo pra fora, sem contar o cagaço de sair de la sem uma parte do braço, fora isso foi de boa!

Chegando na estacao de metro consegui abrir a portinha do treco de metro de boa, ao contrario da primeira vez que nao sabia como funcionava.  Dentro do metro eu encontrei um membro da AIESEC que é de Hyderabad. Conversamos um pouco e dps desci na estacao que tinha que descer. Lá eu peguei o caminho contrario e o pessoal estava me esperando em outro luar. Entao, perguntei pra um indiano me ajudar e ele ligou pro numero da Samta que dps de algum tempo me encontrou e ela estava com a Juliana. Ai falei que queria almoçar e fomos comer num restaurante. Lá a Ju pediu Dosa (uma espécie de uma massa fina gigante e crocante com um molho de leite e essência e uma sopinha). Não curti muito não.  O meu pedido foi chola mashala (se pronuncia Chana). E como eu adoro chana eu pedi esse hahhhahah

Vem uns pães muito oleosos com umas batatinhas e uma tigelinha com grão de bico e uma pastinha marrom muito boa. Custou Rs 82 = R$ 2,85, ou seja India rulez com as comidas baratas e todo o mais.

Acabamos e fomo s ate um shopping grandinho. Demos umas voltas por la e dps prosseguimos para a St Paul´s Cathedral, uma igreja católica muito famosa e a maior de Kolkata. Lá havia uma celebração de Natal para as crianças, além de uma escola cheio de criancinhas bonitas dançarem e apresentarem performances. Foi bem bacana ver a alegria delas.  Fora isso foi muito engraçado o papai-noel falso chegando de moto. Indianos são tao engraçados na hora de inventar as coisas. O cara vestido de papai-noel era muito falseta e engraçado, com a pouca barba e barriga mal feita. XD

Acabando as meninas quiseram ir em um outro shopping para fazer compras e eu só acompanhei, não iria comprar nada mas só pra conhecer msm. Como sempre as ruas cheias de cachorros e buzinadas pra todos os lados. Pegamos o metro num horário de pico, ou seja, entrar e sair empurrando o pessoal pra poder sobreviver lol

Fomos ate um restaurante que a galera da intern house, mas como as meninas iam ficar na casa da Samta, o servant acompanhou. No caminho vimos uma vaca que estava na calçada e parecia uma estatua pq estava tão na dela e tbm estava td escuro que não parecia uma vaca de verdade.

Chegamos num restaurante de rua pra comprar comida pra janta e pedimos fried rice with eggs. Pedimos 4 para viagem e Joseph (Gana) chegou dps e nos encontrou pois estava voltando. La percebi que não existe ordem na India já que a gente estava esperando uns 45 min e ele pegou  primeiro. Se acontecesse isso no Brasil dá-lhe reclamação!!!

Pedro chegou dps tbm pra comprar comida pra galera e fiquei por la já que a galera toda havia voltado. Esperei com ele e ele me disse que tinha uma comida que ele gostava la por perto. Eu fui com ele e a gente comeu uns 4 cada um. É um copinho onde o carinha coloca uma massa corcante com suco de tangerina, uns temperos com batata e chilli e outras coisas mais e vc come. É muito bom, mas não enche, então vc vai comendo e o cara vai fazendo mais ate ter que falar pra ele parar pq senão vc vai comendo e ele vai fazendo, já que não enche. Se chama pachola e com certeza eu irei parar no caminho pra comer novamente. Pedro tbm me levou pra experimentar uns doces. Ele comprou umas bolinhas de pao, ou algo parecido fervidos em agua com açúcar. Voltamos pra casa e dps de comermos o arroz, experimentamos os doces. Nossa, muito gostosos. Um com gosto de laranja e bem molinho e o outro com gosto de ricota. O engraçado é que tem que dar uma apertadinha pro caldinho cair pq tem muita agua com açúcar.


Acabamos e falei pra ele que queria um dicionário pra treinar hindi e ele me convidou pra ir em uma livraria já que ele queria um dicionário também. Fomos e compramos o dicionário e ficamos felizes pq iriamos aprender mais de hindi. Ao voltarmos pra casa eu fiquei aki como estou , escrevendo sobre o que acontece a cada dia na India e conversando com o pessoal sobre as experiências e possibilidades de viagens futuras. A Kira (russa) estava planejando junto com o Pedro de pintar o desenho que restava do cristo redentor na parede da casa.

Agora me despeço pq terei que lavar algumas roupas =/

Alavida a todos!!!!!!!!
Matheus Silva!

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Salam Aleikum AIESEC!

Já estou no Egito há quase um mês, vou tentar dar uma resumida na minha viagem até o momento! =]
Bom, vim no mesmo vôo que um menino de Ponta Grossa, o Erik. Chegamos aqui no Cairo dia 12/12  e a Yara foi nos buscar. Eles tiveram alguns problemas com apartamentos, então ficamos rodando um pouco até que paramos em um ap provisório, aonde moram dois brasileiros, um húngaro, e dois colombianos. Aliás o que mais tem por aqui é brasileiro! Rs
Bom, assim que chegamos já fomos pra nossa primeira festa!

Uma coisa que eu realmente preciso comentar é sobre o trânsito daqui, MEU DEUS, eu já tinha ouvido falar, mas é muito pior. Eles não tem regra nenhuma! Não têm problema algum em andar na contra-mão, todos os carros são batidos. Quando acontece alguma batida (a cada segundo), eles gritam, quase se matam, e depois sai cada um pra um lado sem resolver absolutamente nada! Atravessar a rua pela primeira vez então é a maior aventura. Como me disse uma outra brasileira os carros são que nem cachorros – você não pode demonstrar medo, só tem que colocar o pé na rua e começar a andar sem se preocupar, que eles param! Hahaha!
No dia seguinte fomos com um pessoal jantar, e os meninos egípcios que estavam com a gente pediram os pratos, várias porções de muitas coisas diferentes para experimentarmos. Entre elas tinha uma porção de hambúrguer de cérebro, sim, cérebro!  Que obviamente, nos disseram que era frango, porque do contrário eu não teria tido coragem de provar. Ainda bem que quando fiquei sabendo do que era, eu já tinha engolido a primeira mordida! Haha.
 Na quarta fomos pra American University of Cairo, onde estão sendo nossas aulas do projeto. A universidade é maravilhosa, super moderna, coisa de outro mundo.
Só para vocês não ficarem perdidos, o projeto é nacional, uma parceria do governo com a AIESEC para auxiliar a divulgação do Turismo no Egito. É divido em vídeomaking e fotografia. Eu estou em vídeomaking, estamos aprendendo sobre os diferentes “shots”, edição de vídeo, fazer documentários, etc. Tudo isso para que cada grupo elabore um vídeo final de divulgação  do Egito.


Dia 15/12 fomos pra Alexandria. Que cidade linda! Tão diferente do Cairo aonde tudo é cor de areia... rsrs. Tem muito verde, o mar é lindo e a cidade mais aconchegante. E claro, fomos pra uma festinha da AIESEC de lá.


No dia  22/12 fomos pras PIRÂMIDES =)
Ficamos pelas ruas na madrugada de quarta pra quinta esperando dar umas 05h00 pra ir pra Giza, pois queríamos ver o sol nascer nas pirâmides. A gente estava em 10 pessoas e fechamos um pacote com um tipo de uma agência receptiva, por 200 pounds cada um que incluía:  ir de camelo até um certo ponto pra ver o sol nascer, depois ir de camelo até as pirâmides, o bilhete de entrada na área, e algumas regalias que supostamente só o nosso guia tinha direito (AH TA! Haha), com certeza ele incluiu na taxa até o sol que nasceu! Foi bem carinho na verdade, mas pelo horário e para o que queríamos não tinha muita alternativa.
Nem preciso dizer que aquele lugar é INDESCRITÍVEL! Ver aquelas pirâmides, com o sol nascendo, na areia do Egito, com camelos do lado... gente, não tem definição, é impossível colocar isso em palavras! Só posso dizer que todo mundo tem que vir pra cá uma vez na vida, vale MUITO a pena!
E por fim, no dia 27/12 fomos fazer a nossa viagem pelo projeto, pra Sharm El-Sheik, no Sinai! A cidade é incrível, mas é uma parte do Egito feita pra turistas, e basicamente turistas da Europa. As praias são amazingg!!!


 Tem vários resorts e hotéis super chiques, muitos lugares pra compras, e principalmente o centrinho da diversão noturna: Naama Bay! Ali você encontra de tudo, lojas, barzinhos, baladas (tem uma Pacha), Hard Rock, vários lugares pra fumar a famosa SHISHA, ou como é conhecido no Brasil, o narguile. E você também encontra só europeu, e mulheres praticamente sem roupa, com vestidos curtérrismos num frio insuportável.. hahaha! Ou seja, literalmente não faz parte da realidade do Egito.

Mas o mais interessante da viagem foi a ida ao Monte Sinai!!! O mais interessante, mais lindo, e o mais cansativo! Rsrs. Saimos do hotel dia 01/12 às 22h00, são umas 3 horas de viagem até o Sinai. Começamos a subir Monte Sinai por volta da 01h30 e chegamos lá em cima umas 05h00. São APENAS 7 Km de subida e 750 degraus, no escuro, com lanternas  e num frio jamais visto! Hehehe! Mas ver o sol nascer lá em cima, e aquela vista compensa tudo!


E por enquanto é isso! Já estou no Cairo de volta, e amanhã vamos trabalhar em umas coisas para o projeto, e ir no Khan el Khalili que é o mercado super famoso daqui, pra comprar lembrancinhas pros amigos e pra família! Rsrs!  
Beijos,
Luciana