segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Chévere!


Camila Takamune

Estou trabalhando todos os dias, há vezes que não tem muito o que fazer, e os trainees ficam à toa, mas a gente também fez algumas coisas legais por lá. Teve uma festa de despedida de uma funcionária, com dinâmicas, comida e um grupo de música colombiana/mexicana; Fomos visitar duas comunidades carentes aqui perto de Bogotá, Altos de Cazucá e Altos de Florida, onde a Fundação Catalina Muñoz já está com projetos em andamento; Nas aulas de gastronomia, já foi a de comida peruana (muito boa), devido a grande altitude daqui, demora muito para cozinhar os alimentos; As aulas de português são sempre muito engraçadas. Ajudamos a organizar tudo para as viagens de construção, em Medellin e em Pereira.

“La recompenza de una buena acción es haberla hecho”
Os outros trainees e eu fomos para Pereira, a viagem de ida demorou cerca de 13 horas, já que o ônibus fretado quebrou e ficamos esperando mecânicos, polícia e tudo mais. No fim subimos em outros ônibus na estrada, que nos levaram até a rodoviária de Armênia, onde pegamos outro ônibus até Pereira. Ficamos em uma casa afastada do centro urbano, então não pudemos sair de noite para conhecer a cidade, mas foi bom para uma maior integração entre os funcionários e voluntários. A construção foi no dia 23 de fevereiro, fomos divididos em 3 quadrilhas de 7 pessoas, cada uma era responsável por construir uma casa. Por ser pré-fabricada, é como montar um grande quebra-cabeças com placas de concreto e perfis de aço. O trabalho é bem pesado. A família para quem construí a casa era constituída pelos pais, um filho e duas filhas, sendo que o menino sofre de alguma doença em que os músculos não se desenvolveram, então ele é completamente dependente dos outros. A construção durou o dia todo e, na hora da entrega da casa, é muito emocionante e gratificante. O contato com essa população desprivilegiada economicamente pode ter muito impacto pra gente.

Museo Botero
Como estamos na rotina do trabalho, tem dias que não fazemos nada, mas eventualmente a gente sai pra conhecer a cidade, como para Usaquen em uma feira de artesanatos e em restaurantes de comidas típicas internacionais, comemos comida argentina e peruana (aqui não existe rodízio, só na churrascaria brasileira); Para a 85, que é uma rua com muitos bares (a  maioria dos barzinhos têm lugar para dançar também), um lugar muito legal é o Andres, um restaurante/balada de 4 andares, muito decorado, com muitas atrações; Fomos ao Centro, no Museu de Botero, um artista bem conhecido aqui, mas também continham obras de outros artistas famosos, como Picasso e na  Casa da Moeda. Alguns membros do CL nos ensinaram a jogar Tejo, um esporte das civilizações pré-colombianas que é muito popular, joga-se em quadras específicas que têm um alvo de argila, e no centro setas com pólvora, o objetivo é acertá-lo de uma certa distância e conforme o lugar atingido, a pontuação é maior ou menor.
Brasileiros em Bogotá

A convivência com os outros trainees é cada vez maior, nos vemos pelo menos 4 vezes por semana, alguns eu vejo todos os dias. Já compramos as passagens para a viagem à Costa Caribenha, eu e mais 5 intercambistas vamos para Cartagena e Santa Marta nos dias 11 a 17 de fevereiro. Por haver muitos brasileiros aqui, também estamos conversando muito em português, mas mesmo sendo do mesmo país, cada um é de uma região, Porto Alegre, Joinville, Rio de Janeiro, Vitória e São Paulo, assim, as diferenças culturais ainda são bem evidentes. No último dia do Matheus em Bogotá, o primeiro trainee a chegar, fizemos um Brazilian Day, com feijoada, caipirinha, brigadeiro, beijinho, bolo de cenoura e torta de banana, e as músicas brazileiras também.

Algumas curiosidades sobre Bogotá:
Aqui não há isenção das taxas de transporte para os idosos, e nem sempre as pessoas respeitam os lugares preferenciais. Os motoristas também não dão passagem para ambulâncias e polícias.
Não há estações do ano aqui, mas em um mesmo dia pode ter todas elas.
Quase todos os bares e baladas fecham obrigatoriamente as 3h da manhã, assim, as pessoas saem em torno das 8h30, e depois de fechar os bares, vão para a casa de alguém para continuar a noite.
Muitos homens parecem gays, e não são.. ou pelo menos não sabem.

Saudades do Brasil!!



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